sábado, 30 de abril de 2011

POEMAS

Oportunidades…
Quem não concorda comigo que as oportunidades, aquelas que nos parecem tão aprazíveis, tão boas, diria tão sonhadas, só nos aparecem em momentos em que estamos ocupados, por assim dizer? É assim, aquela velha história que todos nós conhecemos. E um exemplo bem prático e fácil disso, com o qual eu creio que quase todo mundo vai se identificar: quando estamos compromissados, aparece aquela outra pessoa. Sabe aquela? Sim, essa mesma. Mas por estarmos compromissados nós deixamos pra outra hora, esperando (rezando) para que a oportunidade caia de novo em nosso colo. Mas certo na vida é que isso só voltará a acontecer mais uma vez quando estivermos novamente compromissados com algo novo. É a Lei de Murphy que age sobre nós. Mas mais que isso, ao longo dos anos nós percebemos que é o tempo o nosso pior inimigo. O tempo, como eu disse mais de uma vez, é como uma amante traída, que exige atenção e carinho. Por que se formos desleixados com relação a ela com certeza vamos nos arrepender. Quando eu começo a falar desse tipo de coisa, de não perder oportunidades, de não deixar as coisas passarem, mesmo tendo um compromisso, as pessoas tendem a achar que é por que eu sou mais um daquela leva de pessoas infiéis, que não tem compromisso com nada, que não leva as coisas a sério… Bem, eu sou. Mas é mais do que isso. Eu falo de nos mantermos abertos às novas oportunidades sempre. De não nos tornarmos estátuas com medo de se arriscar, de tentar, de falhar. É compreensível como seres muitas vezes humanos, que nós não achemos a idéia de perder algum bem, alguma pessoa de alguma forma agradável. Mas assim é a vida, uma constante busca de aperfeiçoamento, que dura com sorte 70-80 anos, e que mais do que nunca ao chegarmos lá pelo fim somos lembrados mais uma vez de que nada é eterno. E se ficamos plantados durante toda a nossa vida, sendo nós mesmos coadjuvantes de nossa própria história, seres que seguem apenas um script já planejado, somos lembrados ainda de todas as coisas que nós deixamos passar. Todos os “e se…?” que ficaram no caminho. Manter os pés no chão é por vezes útil para não nos perdermos em devaneios lunáticos sobre conquistas, sobre ganhar na mega-sena, ou sobre comer a Srta Belucci. Mas como diz uma frase já bem batida até: “Quem mantém os dois pés no chão não sai do lugar”. Mas a vida é uma grande incerteza, um grande ponto de interrogação que nós tentamos desvendar, mas que a cada resposta nos surgem mais três perguntas. Locais seguros, lugares comuns. Isso nós temos aos montes durante toda a nossa vida. E todos sabem do que eu falo. Mas eu não quero saber quem eu vou ser daqui a 10 ou 15 anos, ora nem mesmo sei o que vou ser ou quero ser daqui a um mês. Dizem que quando crescemos devemos parar de sonhar, devemos assumir responsabilidades, nos tornarmos seres respeitáveis dessa miserável e decadente sociedade. Mas eu digo que, em meio a tanta escuridão nos resta sonhar, mais alto do que qualquer nuvem negra. Ontem nós éramos o futuro da nação, mas o nosso presente somente esta recheado de pessoas e opiniões requentadas. Pessoas que seguem padrões, que obedecem ordens sem questionar, que nascem com uma história pré-pronta, tem a mente bitolada e o olhar focado apenas em um ponto, e não nos 360º a sua volta. Mais uma vez eu repito que a vida é uma sucessão de incertezas. Então porque nos agarrar tão firmemente a essa realidade medíocre e mastigada. Eu quero chegar ao meu Gran finale com menos “e se…?” possíveis. Mas cada um é o mestre de seu próprio destino, não é mesmo? Ou será que até mesmo isso nos foi tirado nos dias de hoje? Escolhas e incertezas. É so isso que eu sei no momento.

POEMA-MARTA MEDEIROS

"Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto."Marta Medeiros

POEMA

"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram...
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!"
Clarice Lispector

PORTO ALEGRE-RS

Porto Alegre nasceu de uma pequena colônia de imigrantes açorianos, 60 casais, que vieram juntar-se aos povoadores iniciais e transformaram o local numa cidade que foi chamada oficialmente de Porto de São Francisco dos Casais em homenagem a esses imigrantes. Em 1772, um novo edital rebatiza a pequena povoação, que passa a se chamar de Madre de Deus de Porto Alegre, abreviado para Porto Alegre em 1810.

Localizada no Paralelo 30, às margens do lago Guaíba, a cidade fica dez metros acima do nível do mar.
Concentra 28% das plantas nativas do Rio Grande do Sul, que correspondem a 9.288 espécies. Destas, muitas são árvores e vegetação típica da Mata Atlântica.

O porto de Porto Alegre é o maior porto fluvial do Brasil em extensão, ou seja, o maior porto localizado fora do mar. Inaugurado em agosto de 1921, foi ampliado e hoje possui 8028 metros de cais acostável.



Porto Alegre desenvolveu-se com rapidez, e hoje abriga mais de 1,4 milhão de habitantes.
O processo de criação da cidade contou com a participação de imigrantes portugueses, italianos e alemães, entre muitos outros. Trouxeram crenças, lendas, hábitos e costumes para formar o grande caldeirão cultural em que resultou Porto Alegre.

É uma cidade muito arborizada. Pétalas de ipês, jacarandás e flamboayants formam verdadeiros tapetes nas calçadas de muitos bairros.
Como muitas grandes cidades, apresenta, também, muitos problemas. Mas é o aniversário de Porto Alegre e preferi citar aqui o que me fascina neste lugar.

São muitas praças e parques maravilhosos, como o Parque da Redenção e seus recantos, o Parque Moinhos de Vento, cafeterias charmosas, bistrôs aconchegantes. Temos também a Usina do Gasômetro, que é um espaço cultural bem bacana, com galerias, espaço para eventos, exposições, mostras fotográficas. O MARGS, nosso museu de arte. A Casa de Cultura Mário Quintana, um espaço incrível, com oficinas de dança, de fotografia, salas de cinema, teatro, exposições. Temos a Feira do Livro na Praça da Alfândega, e temos também o lindíssimo pôr do sol no lago Guaíba. Tomando chimarrão então, nem se fala. Como se diz por essas bandas: "Mas bah! Chimas e pôr do sol? Baita parceria! Tri legal".

Não dizem que a nossa casa é onde nosso coração está? Não importa o lugar para onde eu possa ir, parte do meu coração vai viver pra sempre aqui em Porto Alegre. Como já cantavam Kleiton e Kledir:

"Deu pra ti
Baixo astral
Vou pra Porto Alegre
Tchau!
Quando eu ando assim meio down
Vou pra Porto e bah! Tri legal
Coisas de magia, sei lá
Paralelo 30..."





(cais do porto)



parque Moinhos de Vento



prédio do MARGS (museu de arte)



Casa de Cultura Mário Quintana



Largo dos Açorianos




parque Farroupilha, também chamado
parque da Redenção





recanto oriental no parque da Redenção





Café do Lago no parque da Redenção




gatinho bem folgado sobre uma mesa do Café do Lago



Chalé da Praça XV
(bar e restaurante bem tradicional - data de 1885)




praça Shiga no bairro Higienópolis



praça Chopin no bairro IAPI



vista aérea da cidade com destaque para o
estádio de futebol Olímpico Monumental
do imortal Grêmio Football Porto Alegrense



viaduto Otávio Rocha
(mais conhecido como viaduto da Borges)



lindo Teatro São Pedro





nosso belíssimo pôr do sol no Guaiba



Usina do Gasômetro




ponte sobre o Guaíba





Palácio Piratini



Mercado Público Municipal




vista do Guaíba



Jardim Botânico



orla do Guaíba no bairro Ipanema



Igreja do Santíssimo Sacramento e de Santa Teresinha de Lisieux



Igreja Nossa Senhora das Dores - é a igreja mais antiga da cidade,
ela data de 1807



Santander Cultural






Catedral Metropolitana



Arcos de Ipanema

Crônica do amor-Arnaldo Jabor




Crônica do amor
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.
Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?
Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.
Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Não pergunte pra mim você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.
É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.
Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

ÓTIMO FIM DE SEMANA A TODOS


PARA REFLETIR E PENSAR !
ABRAÇOS