segunda-feira, 4 de julho de 2011

APERTADA NO MOTEL - PRA RIR UM POUCO.

Fato Veridico... no Motel
Meu nome é Rosa, e do meu gato ou ex-gato é Luciano.....
Era uma noite de quinta, daquelas que a gente não espera nada, quando o gatinho me ligou.
- Vamos dar uma saidinha?
Eu sabia muito bem o que ele queria dizer com isso. E sabia muito bem o que ele queria com isso também.
Bem, não estava fazendo nada. Então… Porque não?
Aceitei, e às 8 em ponto, o carro do Lu  já estava na frente da minha garagem. Óbvio que eu ainda estava de toalha na cabeça e creme na cara. Mas como minha mãe sempre diz: Quando o cara quer comer, e sabe que vai comer, nada o aborrece. (Minha mãe realmente diz isso!)
Sem pressa, terminei de me arrumar e finalmente saímos. Fomos primeiro num restaurante que já era velho conhecido meu. Jantar agradável, com a companhia perfeita. Sabe, ele era um cara que eu estava realmente interessada, diga-se de passagem, isso é difícil.

Sempre acho as pessoas um tanto quanto “mais-ou-menos”, mas ele não. Ele era mais!
Era como se o carro estivesse no piloto automático, depois que o jantar acabou, ninguém precisou falar nada, quando vimos, o carro já estava entrando no Motel.
Ele escolhera um quarto com vaga privativa. Prefiro, evita o momento de olhar para a recepcionista, que você sabe que interiormente te olha e diz: “Háá, alguém vai se dar bem!”
Enquanto subíamos as escadinhas, conseguia sentir que a noite ia ser boa. Mas além disso, também sentia outra coisa.

E essa coisa era uma enorme e imensa vontade de cagar.
Inferno! Tinha que ser ali? Naquela hora? Naquele momento? Com aquele cara?
Entramos no quarto, e fui logo dando uma espiadinha no banheiro. Não entendo porque quarto de Motel às vezes possui paredes de vidro entre a cama e o banheiro. Não é visualmente agradável, e nem a acústica ajuda. Ainda mais na minha atual situação.
Para a minha sorte, o banheiro era afastado da cama, e com uma bela e grande parede branca dividindo. Joguei o boy na cama, liguei a rádio na estação de sex music que só os Motéis tem, e quando ele já achava que a brincadeira ia começar, disse que iria no banheiro para voltar bem gostosa para ele.
Homens são facilmente enganáveis. Qualquer coisa que você fale para eles que contenham as palavras “gostosa” ou “deliciosa”, são imediatamente aceitas sem contestação alguma.
Não costumo demorar muito no banheiro, e ainda bem isso não seria um problema. Fiz o que tinha que fazer, e fui dar descarga.
A descarga não funcionou!
Tentei mais uma, duas, três… vinte e sete… quarenta e cinco vezes. É, definitivamente a descarga não estava funcionando.
Ok, e agora? Quais opções eu tinha?
a) Fazer a noiva: Lotar a privada de papel higiênico.
b) Dar um grito e falar “Nossa, deixaram um presente na privada para a gente” e sair rindo.
c) Não fazer nada, e torcer para ele não ir ao banheiro.
Enquanto pensava qual seria a melhor escolha, notei um buraco, uma entrada (ou saída, vai saber) em cima da privada.
Era um buraco, parecia uma saída de ar, e aposto que me salvaria.

Catei a evidencia do ocorrido com bastante papel higiênico e desovei tudo ali. Atolei o mais fundo possível, e saí linda e leve do banheiro.
A noite foi maravilhosa, como já era esperado, mas como acordávamos cedo na sexta-feira, não nos demoramos muito.
Vestimos nossas roupas, e descemos para a garagem. Quando já estava entrando no carro, ele aponta para o capô e exclama:
- Que isso???
Em poucos segundos deduzi tudo:
Merda! Era isso. Exatamente isso!
O tal buraquinho dava para a garagem, mais precisamente para o carro do homem dos meus sonhos, e que agora encontrava-se todo cagado. (o carro, não o homem!)
Merda! Merda! Merda! Mil vezes merda!
- Não acredito. É bosta!
- Calma, deve ter sido algum gato, não sei. Vamos embora, eu limpo.
- Você limpa? Tá louca? Você não vai sujar suas mãos.
- Não esquenta. A noite foi tão boa, né? Deixa isso pra lá.
- O meu carro foi cagado e você quer que eu deixe pra lá?
- Vou chamar o gerente dessa joça.
- O QUE??
Chamar o gerente não. Aquilo já estava indo longe demais. Sem gerente. Pelo amor de Deus. Sem chamar o gerente!
- Não precisa. Vai se estressar por causa de um coco?
- Vou! Por causa de um coco em cima do meu carro!!
É, não teve jeito, ele realmente chamou o gerente.
Eu queria morrer. Juro que eu queria ter um ataque e cair durinha ali. Em cima do coco!
O gerente chegou e já levou umas cinco pedradas do boy. Ele estava furioso. Furiosíssimo.
- Não posso admitir que uma coisa dessas aconteça. O meu carro está cagado. Completamente cagado!
- Mas isso é impossível, ninguém entrou aqui.
E lá se foram 20 agonizantes minutos de uma discussão que eu sabia que não chegaria a ponto nenhum. Até que certa hora, meus ossos gelaram. O boy olhou para cima e disse:
- Ali ó, aquela saída dá diretamente para o meu carro. Quem tiver feito isso, fez por ali.
- Mas senhor, aquela saída é do banheiro da suíte de vocês.
- Tá querendo dizer que eu caguei no meu próprio carro?
- De modo algum. Estou sem entender a situação, tanto quanto vocês.
Não agüentava mais aquela situação. Eu queria chorar, eu queria rir, eu queria gritar, eu queria sumir dali a nunca mais voltar.

Como uma espinha sendo estourada, eu explodi:
- FUI EU!!!
Recebi os olhares mais incrédulos que alguém poderia receber. Meu agora ex-futuro-qualquer-coisa me olhava sem conseguir  acreditar em tal confissão, sabe aquele olhar 45 ? era esse e totalmente carregado de ódio. O gerente, safado, deu uma risadinha e se retirou, deixando-me na situação mais merda da minha vida. Literalmente.
Entramos no carro ainda sujo de merda, e fomos embora sem trocar uma palavra, nem o vento que batia com a velocidade era capaz de soltar aqueles torossos...  as vezes soltava uma bolinha e grudava no vidro.

Cada vez que ligava  o limpador de para brisa com mais cara de ódio ele ficava, era a prova no formato de meio círculo.
Passamos o caminho inteiro no silêncio absoluto.Como sempre cavalheiro, ele me deixou em casa e depois seguiu seu caminho.

Vi o homem da minha vida virando a esquina, com seu carro cagado, e sabia ali, que nunca

mais o veria. Alguns anos já se passaram desde essa história, e eu nunca mais tive notícias dele.
Poxa, tanto rancor só por causa de uma cagadinha?

ARY TOLEDO -

Ary Christoni de Toledo Piza (Martinópolis, 22 de agosto de 1937), ou simplesmente Ary Toledo, mais conhecido como humorista, é também cantor, compositor, teatrólogo, ator, homem de televisão e, é claro, piadista brasileiro, sendo personalidade de destaque expressivo na cultura nacional.
Filho de um ferroviário, Ary Toledo nasceu em Martinópolis, (que na época era distrito de Regente Feijó), mas foi criado na cidade de Ourinhos, ambas no estado de São Paulo. Ary Toledo mudou-se para São Paulo aos 22 anos, quando começou como ator no Teatro de Arena. Cinco anos mais tarde, ingressou na carreira humorística, onde permanece até os dias atuais.
Cantor de estilo satírico, passou a apresentar shows, em que conta inúmeras anedotas. Chegou a compilar mais de 30.000 piadas (antes da internet), que contava em shows, discos, programas de TV e livros. Corintiano, muitas das frases de português atrapalhado atribuídas ao folclórico presidente do clube paulista Vicente Mateus, foram criadas, adaptadas e popularizadas por Ary Toledo.
Em pleno período militar, disse em uma de suas apresentações: "Quem não tem cão, caça com gato e quem não tem gato, caça com ato" referindo-se ao Ato Institucional V. Imediatamente, foi preso e logo liberado, devido ao grande carisma que tinha (inclusive junto a seus opressores). Ary Toledo é um dos maiores humoristas brasileiros da atualidade.
É casado com a atriz, diretor de teatro, crítica musical, jurada musical Marly Marley, atualmente jurada do Programa Raul Gil, há quase 40 anos e eles não têm filhos.
Considera-se que seu início para a vida artística deve-se à mãe que, aos 12 anos, deu-lhe de presente uma gaita de boca. Posteriormente, Ary Toledo foi aluno de Jamil Neder, que lhe ministrou aulas de violão. Aos 22 anos, mudou-se para São Paulo, onde começou a carreira como ator no Teatro de Arena. Talvez seja por esse fato, que Ary declara ser a interpretação o grande segredo dos bons comediantes. Sua primeira canção foi composta no início dos anos 60, e a primeira gravação musical em disco ocorreu em 1965, com “Tiradentes”, composição com a qual fez grande sucesso à época. Participante assíduo de programas musicais de televisão, projetou-se como cantor com a canção "Pau-de-Arara", composta por Vinícius de Moraes e Carlos Lyra. "Pau-de-Arara", que era parte da trilha musical de uma peça de teatro, conta, de uma forma bem humorada, as mazelas da dura vida de um retirante nordestino. O protagonista, para sobreviver, fazia shows em praça pública onde comia lâminas-de-barbear, cacos de vidro etc. Embora engraçada, a canção tem um cunho claro de crítica às desigualdades sociais. Escreveu e atuou ainda em várias peças, tendo trabalhado com Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal. Seu principal parceiro na composição de músicas é Chico de Assis.
Tendo conhecido Vinícius de Moraes e Elis Regina, foi aconselhado por estes a seguir a carreira de humorista. Talvez por isso, mais tarde tornou-se humorista e piadista, onde permanece até os dias atuais, sendo muito identificado por suas piadas de conteúdo obsceno.
Martinópolis se localiza a 23 Km de Presidente Prudente e faz parte da região de Prudente.