sábado, 12 de maio de 2012




Vendo a cada dia 13 esta multidão de peregrinos reunidos ao redor da Mãe de Fátima, algumas palavras me vêm sempre à mente: fidelidade, amor, confiança, família.
Da parte dos peregrinos, dos fiéis, dos filhos é evidente, sobretudo, o amor com que aqui vem. E este gesto de vir ao santuário, na verdade, é apenas um reflexo do caminhar diário nas mãos da Mãe, da busca constante de seguir seu Filho, da procura insaciável do rosto de Deus.

É na mais pura e completa confiança que da Mãe de Fátima nos aproximamos, certos de sermos acolhidos e recebidos com a mesma atenção, paciência e cuidado com que ela falou a Francisco, a Jacinta e a Lúcia. Até parece que nós somos eles, com aquela expressão de criança que ainda não entendeu tudo, mas que sabe que a Mãe vai tomar conta, vai se ocupar das coisas, vai nos tomar no colo.

E tão grande é a nossa confiança, que não temos receio de apresentar à Mãe tantos pedidos, de falar-lhe das nossas dores e mágoas, dos nossos medos e angústias. Diante dela ficamos à vontade para sermos o que somos. E não que sejamos tudo que pensamos de nós mesmos, mas a Mãe nos apresenta a Jesus como tesouros preciosos e de nós fala a Ele sempre bem, nossa causa é sempre a dela, se for para que a vontade de Deus seja feita. Não podemos nos esquecer de que a primeira frase que o Evangelho nos mostra de Maria é uma pergunta: “Como se fará isso?”. Sabendo da resposta de que Deus se ocupará de tudo, ela apenas confirma: “Seja feita em mim a sua vontade”.

Era essa confiança que parece cega, mas que na verdade é santa, é perfeitamente filial, era essa confiança que tinham aqueles pastorinhos e que os fez tão corajosos na hora de falarem às autoridades, de enfrentarem o povo, de cruzarem os olhares de desconfiança e desprezo, mas também os olhares de esperança e fé.

Mas a confiança brota do amor e sustenta-se na esperança. Como a tão jovem Maria entendeu a encarnação de Deus em seu seio? Como os pastorinhos entenderam que a Mãe lhes falava do céu e lhes dava uma missão tão grande?
Porque, de antemão, ela e eles amavam profundamente, mas também porque queriam viver na presença divina e isso experienciavam vivamente pela oração. Não é por outro motivo que Nossa Senhora recomenda a oração, porque, se a oração faz parte da vida, a vida acaba por tornar-se oração e isso significa viver em Deus e Deus viver em nós. Uma Mãe cuidadosa e amorosa não poderia recomendar coisa melhor...

Parece-me, também, muito evidente que onde há confiança, há fidelidade. Uma não pode viver sem a outra. Nas aparições em Fátima, há uma pedagogia da fidelidade: a Mãe marca encontro com os pastorinhos e cumpre sempre sua promessa de vir. As crianças, de quem sempre esperamos esquecimento, distração e indisciplina, não faltam aos encontros. Exercitam a fidelidade, fortificam a fé, dispõem-se ao serviço, à escuta, à mudança. Aceitam o risco do encontro que transforma suas vidas, mas que é também para transformar a vida da Igreja, a vida do mundo.

Encontrar-se com Deus é um risco, porque Ele pode nos seduzir completamente. Na verdade, temos é um grande medo de ser tão felizes... E o encontro com Cristo Jesus, mediado por sua Mãe, é sempre para transformar, para curar, para unir. O primeiro milagre de Jesus vem precedido de uma palavra da Mãe: “Façam tudo o que Ele lhes disser”. É essa mesma frase que ela continua a nos repetir ao lado do Filho. Não pode haver melhor intercessora...

E nesse intercâmbio amoroso que se estabelece entre o Pai e o Filho, entre Mãe e Filho, entre a Mãe e os filhos, entramos e somos envolvidos num verdadeiro espírito de família. Deus nos cria como filhos, nos constitui como herdeiros, nos chama a viver como príncipes de seu Reino. Jesus se revela Salvador, mas nosso irmão, nosso mais querido irmão. Irmão mais velho que nos protege, que nos defende junto ao Pai, que nos congrega ao redor da Eucaristia. Maria se mostra sempre mãe, até dos mais complicados pecadores. Em seu coração se espelham os santos, se lançam os aflitos, se consolam os doentes, se refugiam os pecadores, se encantam as crianças.

Em seu coração, queremos viver todos nós. Essa é a verdade.

E o segredo de Fátima não é para despertar o medo, mas para chamar ao amor, para conclamar o mundo à paz, não à guerra, à competição, ao ódio, à separação, ao menosprezo, ao descartamento do inútil, do mais fraco, do indesejável, do não produtivo.
Mãe atenta, Maria, de Fátima para o mundo, alertava e continua alertando para não cairmos nas seduções do poder, do sucesso, das riquezas e até do saber. Mãe amorosa, Virgem fiel, Rainha da Igreja e dos profetas, Estrela do mar, Maria de Fátima sabe que seu coração triunfará. Porque o Amor é a lei. E outra não há.

Que com Francisco, Jacinta e Lúcia fiquemos a seus pés, confiantes de que ela nos conduzirá pela mão até Jesus.
Frei Yves Terral

13 de Maio-Nossa Senhora de Fátima

A 13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima.
Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos.
Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma 'Senhora mais brilhante que o sol', de cujas mãos pendia um terço branco.
A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.

Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a 'Senhora do Rosário' e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.

Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917, na parte já revelada do chamado 'Segredo de Fátima'.

Anos mais tarde, a Ir. Lúcia conta ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, tinha aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência.

Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia-a-dia, num montante anual de quatro milhões



Muito se fala a respeito das mães e do poder do seu amor. Um dos casos mais significativos, com certeza, foi o que relatou a doutora Elisabeth Kubler-Ros.

No hospital onde trabalhava, encontrou uma senhora portadora de uma doença terrível e que já havia internada dez vezes.

Cada vez passava um período no centro de terapia intensiva e todos, médicos e enfermeiras, apostavam que ele iria morrer.

Contudo, após as crises, melhorava e voltava para casa.

O pessoal do hospital não entendia como aquela mulher continuava resistindo e não morria.

Então, certo dia, a senhora Schwartz explicou que o seu marido era esquizofrênico e agredia o filho mais moço, então com dezessete anos, cada vez que tinha um dos seus ataques.

Ela temia pela vida do filho, caso ela morresse antes que o menino alcançasse a maioridade. Se morresse, o marido seria o único tutor legal do filho. Ela ficava imaginando o que aconteceria com o rapaz nas mãos de um pai com tal problema.

“É por isso que ainda não posso morrer”, concluiu.

O que mantinha aquela mulher viva, o que lhe dava forças para lutar contra a morte, toda vez que ela se apresentava, era exatamente o amor ao filho.

Como deixá-lo nessas circunstâncias?

Por isso, ela lutava e lutava sempre.

A doutora, observando emocionada o sofrimento físico e moral daquela mulher, resolveu ajudá-la, providenciando um advogado para que aquela mãe, tão preocupada, transferisse a custódia do menino para um parente mais confiável.

Aliviada, a paciente deixou o hospital infinitamente agradecida por poder viver em paz o tempo que ainda lhe restava. Agora, afirmou, quando a morte chegar, estarei tranquila e poderei partir. Ela ainda viveu pouco mais de um ano, depois abandonou o corpo físico, em paz, quando o momento chegou.

A história nos faz recordar de todas as heroínas anônimas que se transformam em mães, em nome do amor.

Daquelas que trabalham de sol a sol, catando papel nas ruas, trabalhando em indústrias ou fábricas e retornam para o lar, no início da noite para servir o jantar aos filhos pequenos. Supervisionar as lições da escola, cantar uma canção enquanto eles adormecem em seus braços.

E as mães de portadores de deficiências física e mental que dedicam horas e horas, todos os dias, exercitando seus filhos, conforme a orientação dos profissionais, apenas para que eles consigam andar, mover-se um pouco, expressar-se.

Mães anônimas, heroínas do amor. Todos nós, que estamos na terra, devemos a nossa existência a uma criatura assim. E quantos de nós temos ainda que agradecer o desenvolvimento intelectual conquistado, o diploma, a carreira profissional de sucesso, a maturidade emocional, fruto de anos de dedicação incomparável.

Quem desfruta da alegria de ter ao seu lado na terra sua mãe, não se esqueça de honrar lhe os dias com as flores de gratidão. Se os dias de velhice já a alcançaram, encha-lhe os dias de alegria. Acaricie os seus cabelos nevados com a ternura das suas mãos.

Lembre a ela que a sua vida se enobrece graças aos seus exemplos signos, os sacrifícios sem conta, as lágrimas vertidas dos seus olhos.
E, colhendo o perfume leve da manhã, surpreenda-a dizendo: bendita sejas sempre, minha MÃE.


Veja mais frases em http://www.belasmensagens.com.br/dia-das-maes/amor-de-mae-2710.html#ixzz1ui7CG66E

Dia das Mães



Pai, tu, sendo Deus, quiseste mostrar
entre nós tua face materna...
Por isso criaste todas as mães!

Peço-te por minha mãe,
sinal concreto e visível de teu amor entre nós.
Multiplicai os seus dias
em nosso meio!

Acompanha-a em todo riso
e em toda lágrima,
todo trabalho e toda prece,
todo dia e toda noite!

Que tua bênção cubra de luz
a vida de minha mãe para que,
inundada de ti, ela seja sempre mais
Presença do divino em minha vida. Amém!

(Belas mensagens)