sábado, 4 de junho de 2011

Desencontro no amor

Desencontro no amor

Você conhece “o mito do amor”? Essa estória conta sobre uma festa dos deuses, onde uma deusa que se chamava Penúria foi a esta festa sem ser convidada. Essa deusa era muito miserável, sedenta e faminta. No final da festa, Penúria veio e comeu os restos, as migalhas que sobraram. Satisfeita, a deusa dormiu com o deus Poros, um astuto e engenhoso, dono de uma personalidade envolvente. Dessa relação sexual nasceu o deus Eros, mais conhecido como Cupido. Eros herdou do pai e da mãe suas características mais evidentes, ora faminto e sedento, ora envolvente e astuto. Desde então toda pessoa que é acertada pela flecha de Eros passa a vivenciar os sentimentos contraditórios que ele herdou simultaneamente de Penúria e de Poros. Resumindo, o mito do amor tenta explicar o conflito dos sentimentos das pessoas apaixonadas.
Hoje em dia é tão difícil encontrarmos a pessoa certa, a pessoa que desejamos ter todos os dias da nossa vida e, na maioria das vezes, quando a encontramos vários problemas surgem e o encontro perfeito passa a ser um desencontro amoroso. Mas como conta o mito, deve ser normal todo esse conflito de sentimentos, o querer e o não querer, a saudade e o enfado, o amar e o odiar, a doçura e a raiva. Mesmo o conto tentando nos consolar, ainda fica as dúvidas, a incompreensão e os porquês sem serem respondidos. Por que esse processo precisa ser tão cansativo e desesperador?
Sabe-se que o desejo de todas as pessoas é encontrar sua “alma gêmea” ou alguém que se aproxime disso. Segundo o filósofo Kant cada indivíduo tem um tempo específico para que cada coisa aconteça, então pode demorar dias, semanas ou até anos para um casal que se ama reciprocamente se encontrarem e viverem felizes para “sempre”.
Quem nunca desejou viver em um conto de fadas, ou dentro de um roteiro de filme? Os acontecimentos nesses lugares sugerem uma vida mais divertida e feliz. Esse desejo é presente em nossas vidas porque quando o encontro amoroso vira um desencontro, acabando com os sonhos e perspectivas já criadas, o que se anseia em primeiro momento é sumir, de forma definitiva ou só por um tempo.
É triste quando sabemos que nossos amigos nem querem sair da “caverna de Platão” quando estão sofrendo por amor, por um amor que na realidade é um falso amor. A decepção amorosa tem destruído o coração dos seres humanos. Falta de amor nas atividades diárias, desconfiança plena, desgosto pela vida são alguns exemplos do que as pessoas passam a adquirir quando se sentem lesionadas por amar alguém e esse relacionamento não segue em frente.
Na realidade, o amor é o sentimento mais simples do mundo. Quando você ama não tem meio termo, ama e pronto. Mas o ser humano adora colocar dificuldade em tudo e sempre acha pretextos para complicar o ato de amar. Ou seja, se você ama uma pessoa e ela ama você, qual é o normal? Vocês ficarem juntos. Até Romeu e Julieta em todo contexto histórico e social fizeram de tudo para dar continuidade ao amor que sentiam, e por que nós vamos complicar? Viva ao amor.
Se você sente ou conhece alguém que está gostando muito de alguém, aconselhe essa pessoa para que procure a pessoa amada e supere todo empecilho, dificuldade e julgamento dos outros. O desejo de Deus é que sejamos felizes (isso não significa que você pode destruir lares para consumar sua felicidade, só se arrisque se a pessoa for solteira), todas as coisas contribuem para o amor, até aquelas situações que você pensa que é coincidência.

Lembre-se: Aqui na terra sua vida é única. Não permita que o arrependimento chegue tarde demais. Seja feliz. Ame quem ama você e supere todo e qualquer obstáculo. Você merece uma vida a dois cheia de sucesso!

O medo do Amor-crônica Marta Medeiros



Medo de amar? Parece absurdo, com tantos outros medos que temos que enfrentar: medo da violência, medo da inadimplência, e a não menos temida solidão, que é o que nos faz buscar relacionamentos. Mas absurdo ou não, o medo de amar se instala entre as nossas vértebras e a gente sabe por quê.

O amor, tão nobre, tão denso, tão intenso, acaba. Rasga a gente por dentro, faz um corte profundo que vai do peito até a virilha, o amor se encerra bruscamente porque de repente uma terceira pessoa surgiu ou simplesmente porque não há mais interesse ou atração, sei lá, vá saber o que interrompe um sentimento, é mistério indecifrável. Mas o amor termina, mal-agradecido, termina, e termina só de um lado, nunca se encerra em dois corações ao mesmo tempo, desacelera um antes do outro, e vai um pouco de dor pra cada canto. Dói em quem tomou a iniciativa de romper, porque romper não é fácil, quebrar rotinas é sempre traumático. Além do amor existe a amizade que permanece e a presença com que se acostuma, romper um amor não é bobagem, é fato de grande responsabilidade, é uma ferida que se abre no corpo do outro, no afeto do outro, e em si próprio, ainda que com menos gravidade.

E ter o amor rejeitado, nem se fala, é fratura exposta, definhamos em público, encolhemos a alma, quase desejamos uma violência qualquer vinda da rua para esquecermos dessa violência vinda do tempo gasto e vivido, esse assalto em que nos roubaram tudo, o amor e o que vem com ele, confiança e estabilidade. Sem o amor, nada resta, a crença se desfaz, o romantismo perde o sentido, músicas idiotas nos fazem chorar dentro do carro.

Passa a dor do amor, vem a trégua, o coração limpo de novo, os olhos novamente secos, a boca vazia. Nada de bom está acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Que corajosos somos nós, que apesar de um medo tão justificado, amamos outra vez e todas as vezes que o amor nos chama, fingindo um pouco de resistência mas sabendo que para sempre é impossível recusá-lo.

sai de sp 13:45 sao 16:45 andei 500 km estou a 170 de pp muito radar. viajem tranquila. as 18:00 estarei em pp