quarta-feira, 2 de março de 2011

Homem é condenado à prisão por ‘apoio a facção criminosa’

Acusado planejava levar celulares
em penitenciária através
de um helicóptero aeromodelo

A juíza Sizira Corral de Área Leão Muniz Andrade da comarca de Presidente Venceslau julgou parcialmente procedente a ação penal ajuizada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo e condenou o réu Josemir Oliveira Trabuco como incurso no artigo 307 do Código Penal, à pena de três meses de detenção, em regime inicial semi-aberto e ainda ao pagamento da verba a que se refere o artigo 4º, parágrafo 9°, da Lei Estadual nº 11.608/03. Josemir fez parte em 23 de maio de 2009 de um bando formado por ele, mais um homem, duas mulheres e ainda um adolescente que teria aderido voluntária e conscientemente ao PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas e liderada por sentenciados recolhidos na penitenciária Maurício Henriques Guimarães Pereira, a P-II de Presidente Venceslau. O grupo de colaboradores externos na organização teria se reunido na capital deste Estado e, após receberem ordens do ‘comando’, organizado um inusitado plano para introduzir nove aparelhos de telefonia celular no interior do estabelecimento prisional. Para a ação, eles teriam adquirido um sofisticado aeromodelo no formato de helicóptero, modelo Helicopter 600 Align, controlado à distância através de aparelho de rádio transmissor da marca Thunder Tiger e também nove aparelhos de telefonia celular os quais seriam lançados pelo aeromodelo no interior da penitenciária. Com o material pronto, os quatro integrantes da quadrilha teriam se deslocado num veículo Chevrolet Celta, de cor preta, com placas de Curitiba (PR), e saíram de São Paulo com destino a Presidente Venceslau, onde teriam se hospedado num hotel, aproveitando-se do grande fluxo de pessoas em decorrência das visitas realizadas nos dois estabelecimentos prisionais do município. Eles teriam preparado o aeromodelo para a execução do ato, amarraram em sua parte inferior, na base de pouso uma corda feita de barbante de aproximadamente 1,90 metros, com uma espécie de cesta na outra extremidade, confeccionada com arame e fraudas descartáveis, contendo em seu interior nove aparelhos de telefonia móvel e uma tesoura.O plano consistiria em alçar vôo com o aeromodelo após o anoitecer e aterrissar o objeto no interior do estabelecimento prisional. Na noite de 24 de maio, os denunciados se dirigiam à Penitenciária II de Presidente Venceslau para colocar em prática o plano engendrado, mas foram abordados por policiais militares que faziam patrulhamento de rotina, os quais localizaram o aeromodelo e os celulares no interior do porta-malas do automóvel. Durante a abordagem policial, o menor confessou que pretendiam aterrissar o helicóptero no interior do presídio para facilitar a comunicação dos sentenciados com outros integrantes da facção. As mulheres abordadas no mesmo carro, afirmaram que eram garotas de programa, que nada sabiam sobre tal plano e que estavam na cidade para visitar os detentos.

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