HISTÓRIA
Muito antes do descobrimento do Brasil, os índios Guaicurus dominavam toda a região do Pantanal. Souberam utilizar o cavalo introduzido pelos espanhóis, tornando-se exímios cavaleiros. Durante séculos de penetração dos colonizadores, a resistência à ocupação se constituiu na tônica das relações entre índios e brancos. O Pantanal parece ter sido palco da maior e mais obstinada cena de oposição sistemática à presença colonizadora. Como resultado desse violento conflito ocorreu o quase extermínio da população indígena.
Os Xavantes, a mais importante tribo da região, dizimados e expulsos de suas terras localizadas entre os rios Araguaia e Tocantins, se encontram atualmente confinados em reservas indígenas distribuídas pelo território mato-grossense.
Deve-se também levar em consideração que, de acordo com recentes pesquisas em dezenas de sítios arqueológicos da região mato-grossense, onde foram encontrados inclusive ossos de animais pré-históricos como preguiças gigantes e tigres de dente-de-sabre, há evidências da presença do homem pré-histórico, grupos de caçadores/coletores e ceramistas, anteriores ao desenvolvimento das culturas indígenas conhecidas.}
A área brasileira pertenceu à Espanha pelo Tratado das Tordezilhas, assinado em 1494, onde se localiza o Pantanal, foi ignorada pela certeza de que eram inesgotáveis as minas de ouro e prata do México, Peru e Bolívia. Diante dessa atitude dos espanhóis, os portugueses, já a partir de 1525, começaram a explorar a região.
Mais tarde, as bandeiras vasculharam todo território à procura de ouro, pedras preciosas e principalmente à caça de índios para os trabalhos na lavoura, já que o preço dos negros escravos estava acima das posses dos moradores da província de São Paulo. Embora, no início do século XVII, a Espanha tenha procurado barrar esse movimento, incentivando a construção de missões ao longo dos rios Paraguai e Paraná, a cargo dos padres jesuítas, a ocupação portuguesa já se consolidava.
Após a Guerra dos Emboabas, os paulistas, alijados da região das Minas Gerais, reorientaram as bandeiras em busca de novas jazidas auríferas. Foi assim que o bandeirante Pascoal Moreira Cabral descobriu as minas de Cuiabá, em 1718.
Diante desta descoberta, o rei D. João V de Portugal, em 1748, resolveu reorganizar a administração daquela área para facilitar a fiscalização. Separou a região em duas partes, criando dois governos próprios. Surgiram assim as Capitanias de Mato Grosso e de Goiás. Portugal e Espanha, após longas negociações, assinaram o Tratado de Madri, em 1750, oficializando a ocupação portuguesa. Em troca da colônia de Sacramento muito cobiçada pela Espanha, a coroa portuguesa recebeu todo o vale do Amazonas, com as áreas correspondentes aos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Rio Grande o Sul, onde se multiplicavam cidades e vilarejos.
Porém, com o esgotamento das minas durante o século XIX, a região entrou em declínio, ficando abandonada por longo tempo. Somente no início do século XX voltou a prosperar com a chegada de seringalistas, de plantadores de erva-mate e soja e sobretudo de pecuaristas, reunindo um dos mais significativos rebanhos de gado bovino e tornando-se a última grande fronteira agrícola do Brasil. Em 1977, com a separação, o Estado de Mato Grosso do Sul ficou com dois terços das ricas fauna e flora do Pantanal.
Até as primeiras décadas deste século, a região era visitada praticamente apenas por expedições científicas, para conhecimento de sua fauna e flora exuberantes. Por essa época, o Pantanal recebeu um visitante ilustre. O antropólogo francês, Claude Lévi-Strauss, encontrou no Centro-Oeste Brasileiro a inspiração para renovar a antropologia.
O que marcou esta época foram as expedições chefiados pelo marechal Rondon que percorreram Mato Grosso até Rondônia e o Acre até Manaus, construindo milhares de quilômetros de linhas, várias estações telegráficas, descobrindo acidentes geográficos e sobretudo mantendo relações pacíficas com os índios.
Os Xavantes, a mais importante tribo da região, dizimados e expulsos de suas terras localizadas entre os rios Araguaia e Tocantins, se encontram atualmente confinados em reservas indígenas distribuídas pelo território mato-grossense.
Deve-se também levar em consideração que, de acordo com recentes pesquisas em dezenas de sítios arqueológicos da região mato-grossense, onde foram encontrados inclusive ossos de animais pré-históricos como preguiças gigantes e tigres de dente-de-sabre, há evidências da presença do homem pré-histórico, grupos de caçadores/coletores e ceramistas, anteriores ao desenvolvimento das culturas indígenas conhecidas.}
A área brasileira pertenceu à Espanha pelo Tratado das Tordezilhas, assinado em 1494, onde se localiza o Pantanal, foi ignorada pela certeza de que eram inesgotáveis as minas de ouro e prata do México, Peru e Bolívia. Diante dessa atitude dos espanhóis, os portugueses, já a partir de 1525, começaram a explorar a região.
Mais tarde, as bandeiras vasculharam todo território à procura de ouro, pedras preciosas e principalmente à caça de índios para os trabalhos na lavoura, já que o preço dos negros escravos estava acima das posses dos moradores da província de São Paulo. Embora, no início do século XVII, a Espanha tenha procurado barrar esse movimento, incentivando a construção de missões ao longo dos rios Paraguai e Paraná, a cargo dos padres jesuítas, a ocupação portuguesa já se consolidava.
Após a Guerra dos Emboabas, os paulistas, alijados da região das Minas Gerais, reorientaram as bandeiras em busca de novas jazidas auríferas. Foi assim que o bandeirante Pascoal Moreira Cabral descobriu as minas de Cuiabá, em 1718.
Diante desta descoberta, o rei D. João V de Portugal, em 1748, resolveu reorganizar a administração daquela área para facilitar a fiscalização. Separou a região em duas partes, criando dois governos próprios. Surgiram assim as Capitanias de Mato Grosso e de Goiás. Portugal e Espanha, após longas negociações, assinaram o Tratado de Madri, em 1750, oficializando a ocupação portuguesa. Em troca da colônia de Sacramento muito cobiçada pela Espanha, a coroa portuguesa recebeu todo o vale do Amazonas, com as áreas correspondentes aos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins e Rio Grande o Sul, onde se multiplicavam cidades e vilarejos.
Porém, com o esgotamento das minas durante o século XIX, a região entrou em declínio, ficando abandonada por longo tempo. Somente no início do século XX voltou a prosperar com a chegada de seringalistas, de plantadores de erva-mate e soja e sobretudo de pecuaristas, reunindo um dos mais significativos rebanhos de gado bovino e tornando-se a última grande fronteira agrícola do Brasil. Em 1977, com a separação, o Estado de Mato Grosso do Sul ficou com dois terços das ricas fauna e flora do Pantanal.
Até as primeiras décadas deste século, a região era visitada praticamente apenas por expedições científicas, para conhecimento de sua fauna e flora exuberantes. Por essa época, o Pantanal recebeu um visitante ilustre. O antropólogo francês, Claude Lévi-Strauss, encontrou no Centro-Oeste Brasileiro a inspiração para renovar a antropologia.
O que marcou esta época foram as expedições chefiados pelo marechal Rondon que percorreram Mato Grosso até Rondônia e o Acre até Manaus, construindo milhares de quilômetros de linhas, várias estações telegráficas, descobrindo acidentes geográficos e sobretudo mantendo relações pacíficas com os índios.
TURISMO
Atrativo histórico
Fortaleza Militar de Coimbra - À beira do rio Paraguai, o forte é dominado pelo Morro da Marinha. Tombado há 23 anos pelo Patrimônio Histórico Nacional, abriga a artilharia da 18ª brigada de Infantaria de Fronteira do Exército.
Uma de suas atrações, com belíssimas formações, é a Gruta Buraco do Inferno.
Uma de suas atrações, com belíssimas formações, é a Gruta Buraco do Inferno.
Atrativos Naturais
Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense - Com uma área de 135.000ha, o parque localiza-se no extremo sudoeste de Mato Grosso, na confluência dos rios Paraguai e Cuiabá, pertencendo ao município de Poconé. É a região mais selvagem do Pantanal, oferecendo o espetáculo de sua fauna com jacarés, capivaras, jaguatiricas, tucanos, garças, tuiuiús, além de inúmeros peixes.
O acesso ao parque só é feito de barco, mas o Centro de Visitantes fica em Poconé.
O acesso ao parque só é feito de barco, mas o Centro de Visitantes fica em Poconé.
O Reino dos Jacarés - Durante as vazantes ou nas baías, os jacarés dominam a paisagem. Quase invisíveis no meio dos aguapés, eles ficam de tocaia durante horas à espera de uma garça, de um socó ou de uma jaçanã, para variar o cardápio que comumente se constitui de peixes. A tocaia quase nunca dá certo, mas os jacarés não desistem. Uma grande atração do Pantanal é a focagem noturna de jacarés, feita em barcos pelos inúmeros rios.
O Mar dos Xaraiés - A presença de lagoas de água salgada de um verde muito vivo, onde sobrevivem apenas jacarés e micromoluscos, na região de Nhecolândia, cuja estrutura nem mesmo as cheias periódicas conseguem mudar, gerou várias explicações. Arqueólogos e geólogos discutem a possibilidade desta região ter sido coberta pelo mar, há milhões de anos, ou ainda, pode-se dizer que as águas salgadas são consequência da concentração de sais minerais presentes na água depois da evaporação, no período da seca.
Rio Paraguai - Os cruzeiros fluviais entre Corumbá e Porto Jofre especializados em pescarias podem se transformar em torres de observação da natureza. A partir de Corumbá, o Albatroz, um barco de 38m de comprimento e com 18 camarotes, realiza viagens com duração de 5 dias. Barcos equipados para a pesca que navegam pelo rio Paraguai e afluentes em programas que duram de 5 a 7 dias podem também ser utilizados para passeios.
Safári fotográfico - Excursões organizadas por agências de São Paulo com duração média de quatro dias. Exigindo disposição para caminhadas e pernoite em barracas, camionetas especiais saem de Corumbá para acampamentos rústicos na região de Nhecolândia.
Cavalgada - Acompanhadas por peões e guias, as cavalgadas são organizadas por empresas especializadas, com duração de até nove dias. Num interessante programa criado pela fazenda Caiman, o participante acompanha uma "comitiva de gado" na qual os peões transmitem todas as informações necessárias sobre segurança, sistema de condução de gado e técnicas de equitação.
A Transpantaneira - Atravessa o Pantanal mato-grossense a partir de Poconé e termina em Porto Jofre, na divisa com Mato Grosso do Sul. É verdadeiramente emocionante o espetáculo natural e a magia que o caminho proporciona. Durante a seca, milhares de animais se concentram nas laterais alagadas da pista, onde podem ser vistos, bem de perto, jacarés, cobras, gaviões, tuiuiús, tucanos e araras.
Cidades
Corumbá - Porto fluvial cuja importância econômica no passado encontra-se inscrita na arquitetura dos casarões construídos durante o século XIX. Com a maior parte de seu território dentro do Pantanal, atualmente investe na pesca e no turismo ecológico.
De Corumbá a Porto da Manga pode-se observar as grandes escarpas de um maciço rico em hematita compacta cimentada por óxido de ferro. Por isso, os indígenas o chamaram de Urucum, nome de uma planta cuja semente servia para fazer uma tinta vermelha com que os índios pintavam o corpo e o rosto.
De Corumbá a Porto da Manga pode-se observar as grandes escarpas de um maciço rico em hematita compacta cimentada por óxido de ferro. Por isso, os indígenas o chamaram de Urucum, nome de uma planta cuja semente servia para fazer uma tinta vermelha com que os índios pintavam o corpo e o rosto.
Poconé - Porta de entrada do Pantanal para quem vem de Cuiabá, ainda sobrevive da pecuária e do que resta da garimpagem do ouro. Seu acesso se dá pela Transpantaneira, estrada que apresenta em seu percurso numerosas pontes de madeira e torna-se intransitável durante a época das chuvas. É interessante visitar a mina de ouro.
Cáceres - Localizada numa das entradas do Pantanal, pelo lado norte, assegurou um lugar no Guiness Book, pela realização do maior torneio de pesca em água doce.
Aquidauana - Porta de entrada do Pantanal pelo lado sul, de onde saem estradas de terra para Tupaceretâ e Barra Mansa, para Cipolândia e Jacobina, pequenas cidades no interior do Pantanal.
Porto Murtinho - Porto fluvial, na parte sul do Pantanal, cujo acesso se faz por longos trechos de estrada de terra desde Guia Lopes da Laguna. Localiza-se num dos trechos mais piscosos do rio Paraguai.
Campo Grande - povoada a partir de 1875, foi elevada à categoria de cidade em 1918. Com a divisão do Estado, em 1977, tornou-se a capital do novo Estado de Mato Grosso do Sul.
Cuiabá - Capital do Estado de Mato Grosso. Cidade de clima muito quente e próxima dos principais pontos turísticos do estado.
Barão de Melgaço - Típica cidade pantaneira. A arquitetura de suas casas, construídas no século XIX, lembra um passado quando a cidade se concentrou numa das mais importantes regiões açucareiras do país.
Porto Jofre - Numa localização privilegiada, a cidade é considerada o coração do Pantanal. O prenúncio de chuvas, a explosão da flora, a exuberância da fauna, tudo que possa revelar as características da região com maior intensidade encontra-se nesta cidade tipicamente pantaneira.
Pesca
Dourados, pintados, pacus, barbados, jurupocas, piabuçus, jaús são as principais espécies de peixes que se distribuem pelos rios da região pantaneira.
Dourados, pintados, pacus, barbados, jurupocas, piabuçus, jaús são as principais espécies de peixes que se distribuem pelos rios da região pantaneira.
Rio Aquidauana - Nasce na Serra de Maracaju, atravessa a cidade de Aquidauana, juntando-se ao Rio Miranda perto de Passo de Lontra, na estrada Parque do Pantanal.
Rio Miranda - Das proximidades de Aquidauana até o rio Paraguai, na altura de Corumbá, o Rio Miranda atravessa a região sul do Pantanal. Em vários trechos encontram-se pesqueiros e hotéis, voltados exclusivamente para a pesca.
Rios Negro e Abobral - Desaguam no Rio Paraguai perto de Corumbá, passando por uma região deserta.
Rio Paraguai - O maior rio da região, atravessando grande parte do Pantanal, nasce na Serra de Araporé e serve de fronteira do Brasil com a Bolívia e o Paraguai.
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