segunda-feira, 14 de março de 2011

ENCHENTE DO RIO PARANÁ

Nível do Rio Paraná volta a subir
A situação que já estava crítica para os ribeirinhos de Rosana ficou ainda pior depois que a usina hidrelétrica Sérgio Motta ampliou a vazão nas comportas. Os mais de 19 milhões de litros que são despejados por segundo aumentaram o nível da cheia e a preocupação principalmente de quem mora nas ilhas do rio Paraná.

Apesar disso, a situação é apenas mais um atrativo para os aposentados Maria das Graças Pinto e Dirceu Ramos. Eles são de Praia Grande, litoral paulista, e passam as férias no Pontal do Paranapanema. Aproveitaram para registrar todos os momentos da cheia. Mas nem todos os turístas são iguais. O movimento na cidade caiu muito depois que a água começou a subir. Para o comerciante José Luiz Queiróz, quem tem um estabelecimento na margem do rio o prejuízo veio não só com a falta de turistas, mas também com o estrago de mercadorias.

A cheia foi provocada pela abertura das comportas da usina Sérgio Motta, na semana passada, por causa da grande quantidade de chuvas na região Sudeste do Brasil. A vazão de água mais que dobrou nos últimos dias e chegou aos 19 mil metros cúbicos por segundo.
Nas ilhas a situação é ainda pior. Sem ter para onde fugir os moradores viram os ranchos serem tomados pela água. A cheia chegou ao maior nível no domingo. Os moradores convivem com a incerteza, pois não sabem quando a usina deve aumentar a vazão novamente.

Animais, que foram pegos de surpresa, procuraram abrigo em lugares mais altos. A pescadora Marina Aparecida, percorreu de barco toda a extensão da ilha recolhendo as criações. O destino mais seguro foi o telhado do rancho.

A prefeita de Rosana, Aparecida Barreto, disse que na medida do possível ajuda os moradores atingidos. "Para qualquer eventualidade o município estará pronto junto com os Bombeiros ", afirmou.

De acordo com a Cesp (Companhia Energética de São Paulo), que administra a usina Sérgio Motta, boletins informativos com a vazão da hidrelétrica são emitidos diariamente a todas as prefeituras banhadas pelo rio Paraná. A Cesp informou ainda que na terça-feira (15/3) vai diminuir a abertura das comportas o que deve reduzir o nível da cheia nas ilhas abaixo da usina.


Os pescadores que vivem às margens do rio Paraná, em Rosana, passam por momentos de angústia e de medo. A Cesp (Companhia Energética de São Paulo) aumentou a vazão da Usina Hidrelétrica Sérgio Motta. A água subiu cerca de três metros e invadiu casas.


O principal ponto turístico de Rosana foi interditado. O rio Paraná invadiu a prainha, alguns quiosques e até a base do Corpo de Bombeiros.


Famílias ficaram ilhadas. Nas margens do rio são mais de 70 ranchos e a maioria deles está tomada pelas águas. Animais que vivem na área também estão em situação de risco.


Já os moradores, que estão ilhados, precisam se arriscar. No rancho da pescadora Marina Aparecida Ferreira até o quarto foi tomado pela água. Ele precisou retirar os objetos que sobraram. O pescador Geraldo Gonzaga da Silva, tomou outra medida, ele disse que assim que notou a chegada das águas ergueu os móveis.





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