domingo, 3 de abril de 2011

Dependência: Pacientes não abandonam cigarro após cancêr

Instituto do Câncer faz levantamento inédito. Seis em cada dez fumantes não abandonam o vício após o câncer , este fato reforça a necessidade do tratamento conjunto da doença orgânica e da psíquica. No caso, a dependência e o vício em nicotina devem ser tratados através das técnicas da Psicologia Moderna.
Um levantamento inédito realizado pelo Instituto do Câncer de São Paulo (ICESP), feito com os seus 6 mil pacientes mostrou que 35% deles ainda são tabagistas. A partir disto, calcula-se que 6 em cada 10 não conseguem largar o cigarro mesmo após o diagnóstico, fato este que compromete a eficácia do tratamento e o combate ao câncer.
“Infelizmente a grande maioria relata dificuldades para abandonar o cigarro, mesmo após receberem o diagnóstico de câncer. Mas é fundamental que essa realidade mude, não só por melhorar a qualidade de vida das pessoas como para ajudar na luta contra a doença”, alerta Frederico Leon Arrabal Fernandes, médico pneumologista do Icesp.
Para tentarmos entender o que faz com que um paciente diagnosticado com câncer continue a fumar, procuramos um especialista em Saúde Mental para nos explicar o que ocorre. "O fato é que estes pacientes não querem largar o vício e isto é muito comum. Veja o obeso, ele também sabe que não deve mais recorrer ao açucar e nem aquela quantidade de comida, mas não consegue, mesmo sendo diagnosticado. Nestes dois casos ocorre a Dependência, de nicotina e de comida. E a linha de tratamento para a Dependência é a psicoterapia, técnica que permite tratar a causa da Dependência", afirma Sandro Tubini, psicólogo e psicoterapeuta da capital paulista.  
Abaixo segue uma tentativa de conscientização dos benefícios de se parar de fumar:
  • Após 20 minutos: a pressão e a freqüência cardíaca voltam ao normal
  • Após 8 horas: o nível de monóxido de carbono no sangue normaliza
  • Após 24 horas: diminui o risco de ataque cardíaco
  • Após 48 horas: o olfato e o paladar melhoram
  • Após 72 horas: a capacidade pulmonar aumenta em até 30%
  • Após 2 semanas: a circulação sanguínea aumenta e caminhar se torna mais fácil
  • Após 1 ano e 9 meses: há um aumento da capacidade física e energia corporal
  • Após 5 anos e 10 meses: o risco de sofrer infarto será igual ao de uma pessoa que nunca fumou

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